quarta-feira, 29 de junho de 2011

A professora da Universidade

                               


É, o stress  faz coisas que é difícil de acreditar. As pessoas correm tanto, esquecem de valores e dos próprios sentimentos. Recordando meu tempo de infância, sinto saudades, sempre tive respeito e muito amor para com meus educadores.
Mas como tudo na vida passa, ocorrem mesmo muitas mudanças, o que  impressiona- me é que algumas relíquias que trazemos no decorrer do crescimento, não deveriam se perder no caminho.
Eu sei que perfeito só foi Jesus Cristo, e assim mesmo foi crucificado. Não quero fazer o mesmo com ser algum. E apesar de ver o mundo com os olhos do amor. Confesso que foi inaceitável  para meu sub consciente, falar do mal que este ser me causou.
A Professora da Universidade, só chegava nervosa na sala, e dizia:
- Vamos gente, preciso passar a matéria. Não dou ponto para ninguém. Quanto mais pressa ela tinha, mais nervosa ficava, e quanto mais ela falava, menos eu entendia.
Nossa! Os dias que eu ia ter aula com ela, meu corpo, juro, não queria levantar da cama. E minha cabeça doía. Porque sempre era a mesma coisa.
Um dia fui falar com ela, que estava com dificuldades na matéria, sai de lá carregada para o pronto socorro, tamanho descaso. Fui falando e ela andando, meu Deus, eu que já não estava bem, foi á gota d’água. Acordei  horas depois. Demorou  vir as lembranças, eu estava escondendo-as, porque no mundo do amor que vivo, é difícil lidar com isso.
Faltei uma semana e não voltei à mesma. Não consegui  recuperar- me de tamanha decepção.
A professora da Universidade veio falar comigo, perguntar o que houve. Falei para ela, a senhora costuma dizer que somos adultos, sim, somos adultos, mas não deixamos de ser  seres humanos. Temos sentimentos.
O engraçado ou irônico é que ela melhorou uns dias, logo... A máscara cai novamente.
O fato é  que  sentia a minha dor e as dos outros. E a  indignação redobrava.
Em um dia de prova uma amiga chegou com conjuntivite, o alarme soou. A professora tomada pelo nervosismo de sempre gritou:
- Vaza,  vaza, não posso pegar isso. Ela estava certa em não querer, eu também não queria. Mas, a postura e os termos usados estão corretos?
 Minha  opinião,  para quem cobra tanta perfeição, não está livre das observações e das críticas.
Até hoje ouço os gritos dela, você tem que saber. E ela apronta outra comigo, peguei uma virose e fiquei quase um mês sem ir ao campus.
Quando retornei adivinhem.  A Professora da Universidade chega como de rotina e seus gritos penetraram  meu cérebro como uma bomba mortal, vê se está escrito na minha testa, palhaça. Ninguém fica doente um semestre inteiro.
Eu sempre amei o que faço, e não faço algo por simplesmente comparecer. Não tinha motivo para mentir ou ausentar-me sem justa causa.
Não estava escrito na testa : palhaça; mas também não tinha  nenhuma identificação que ela era Deus, para saber dos fatos, já que é uma pessoa de poucos amigos e nunca recebi um telefonema dela.

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