quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mãos



Abençoadas mãos, que encontradas e unidas, trouxe-me ao encontro do amor sem medida.
Mãos que em cada movimento, cada toque, crescia a emoção e aumentava este sentimento maravilhoso. Tornando nossa vida plena de felicidade.
Sei que não caminharemos juntos, de mãos dadas aos olhos da sociedade, mas o laço que nos une, nunca  vão nos separar.
Cada gesto de carinho demonstrava o quanto era importante, parar, olhar, e perder tempo com o que realmente tinha importância.
Eu sabia que as coisas mudariam um dia, que a correria do dia a dia, iam  nos  distanciar, esquecer e abandonar jamais.
Dizer que estava  preparada,  minto, saber e prever algumas situações é fácil, agora vivenciar e sentir na pele. Uma dor  intransferível.
Ver os exemplos de quem já passou por momentos parecidos, nos  anima e fortalece,  mas são experiências únicas. Portando cada um vive e se  comportam   a  sua maneira.
Todos querem dar receita, mas não tem  jeito, cada ser tem sua personalidade, submissos ou dominadores...Calmos ou nervosos e assim segue...
Filhos amados, filhos adolescentes...
Mãos  que te acariciavam, desde de quando  habitavam em meu ventre, depois os segurou firme e os abraçou, na chegada  a este mundo, as portas do paraíso, deste coração de mãe, nunca mais se fechou, e não continuou o mesmo, pois de tanto amor, perdeu a chave e o controle.
É difícil, mas não é impossível compreender que o tempo passa, os frutos nascem ,crescem, amadurecem e... E assim são nossos filhos,  nossas mãos entrelaçadas, protegendo-os da queda, ensinando os primeiros passos.
E o tempo voa, numa velocidade que minhas mãos  não  consegue alcançar. Ainda ontem, me deliciava com as brincadeiras e correria das crianças. Agora, já seguros de si, estão perdendo a inocência.
 Aquelas gargalhadas, estão  se transformando em sorrisos mudos.
Cresceram de um tanto, estão  maiores  do  que sua mãe, um dos motivos que nos obriga, andar discretamente em público,  com a modernidade, eles sentem-se  intimidados de serem confundidos e chamados  de namorado   da própria mãe.
Eles até acham graça, mas dizem que queimam seu filme.  Ficam felizes e sabem que não estão sozinhos.
 E que estas mesmas mãos que acenam dizendo adeus, vão ser sempre ás mesmas, que estarão sempre a espera  dos abraços, e da alegria do retorno.
Filhos queridos e abençoados, legítimos ou adotados, onde quer que estejam ou vão.
Mãos de mãe sempre vão estar direcionadas á vocês.
Como o sangue que correm nas veias, assim são as mãos, que sempre vai tocar você, da cabeça aos pés... E tocara seu coração, dando o entendimento e a compreensão, que amor nunca é demais.

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