terça-feira, 26 de abril de 2016

O choro de uma mãe

       

É muito amor para um coração só, meu Deus, a força deste amor sempre pede para não ir embora. Saudades que dói demais.
A vida ensina, mas sempre vamos perguntar: como desapegar? Queremos que voltem para casa.
Para o amor é uma ausência que rejeita explicação...
O choro de uma mãe, que reconhece seus defeitos, sabe que está de passagem nesse mundo, mas quer ver seus filhinhos vivos.
Não temos poder para mover as montanhas, quando a dor é imensa perdemos o chão e a razão. Detectamos tamanha fraqueza.
Filhos que querem navegar em outros mares, conhecerem outros mundos, e as mães deixam... Não querem impedir que eles cresçam, mas só Deus sabe o tamanho do sacrifício. Mas há esperança de rever e isso as deixa contentes.
Mas quando acontece uma ida sem volta, não vai mais tocar na pele ou ouvir a voz.
 Filhos, hoje eu precisei muito mais de vocês. Eu tinha que sentir seus abraços. Fui abraçar uma mãe que estava velando dois filhos de uma vez, um do lado do outro... Que dor!
Por DEUS... O que fazer? Aquela mãe com os braços abertos e vazios se acabando em lágrimas. A impotência toma conta.
Não podemos impedir as aventuras dos filhos, mas queremos e esperamos vê-los de volta para nós.
Minha atenção redobra, mesmo que fique um tempo sem se ver, corram para o abraço enquanto podem. Somos alertados a todo instante, e sempre pensamos que vai dar tempo, e muitas vezes o tempo cessa, de maneira que jamais podíamos prever.
A gente sabe que as asas crescem, voam longe, mas retornem... Amor incondicional e único. Quando ocorre uma separação irreversível, uma dor irreparável toma posse. Doença incurável.
Filhos não precisam jurar, mas não deixem de vir para os braços daquelas que só sabem amar vocês.
O choro de uma mãe imagino que chega ao céu e suas lágrimas se juntam com as nuvens.
O sucesso, as riquezas, nada é melhor que o amor.
As mães choram por tudo que acontece. Também se alegram quando possível, mas neste momento todas as mães se emocionam, uma dor intransferível, mas compartilhada.
Lembranças que vão atormentar a minha mente, quantas mães sofrem pela ausência de seus filhos, sempre vai haver barreiras, dificuldades para estarem por perto.
 A questão vai ser o que é prioridade para cada um. O relógio não para, são muitas as cobranças. Se realmente quiser ser feliz, vai ter que fazer acontecer. As lições foram dadas, e a gente ainda cai em contradição. Os papeis também se invertem. Os filhos também choram. A mãe está com as asas cortadas, mas os anjos também as chamam.
O choro de uma mãe. Cristal quebrado chamado vida.

 



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