terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Um beijo

  



Momento único


Na correria

Houve um instante

A necessidade




Bendito dia

Gesto de carinho

A cura de um ser

Alegria ausente


Um ser solitário

O ser era tão rígido

Na solidão mergulhava

Mas um beijo de criança

Fez o milagre

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

As filhas de Elizia



Mais uma vez a vontade de escrever é maior e me toma por inteira e graças dou por ter o entendimento que há vários tipos de paixões, que podem nos proporcionar um bem-estar maravilhoso, um encontro com a paz.
Meus caros leitores, tenho que compartilhar a história das filhas de Elizia. Uma mãe abençoada. Que teve a bênção de ser genitora das sete mulheres, protetora, guerreira e analfabeta. Merece um Óscar. Soube dar o exemplo, o remédio, o antídoto e a cura.
Ensinou o caminho; mostrou os obstáculos e os perigos de se pegar atalhos.
As filhas de Elizia, como formiguinhas obedientes, seguiram os passos. Uma família humilde, com um caráter invejável. O vento soprava, balançava as paredes, mas nunca abalou as estruturas.
Dificuldades presente todo o tempo, mas ânimo e persistência era o lema das sete filhas de Elizia. Com exemplo vivo elas fraquejavam, mas não perdiam o foco. E hoje me faz ver que a família de fato é tudo. Todas se realizaram em tudo que se propuseram a fazer, todas herdaram e carregam consigo a coragem da guerreira mãe.
Traçaram seus objetivos, elas não têm medo e nem vergonha de voltar atrás ou recomeçar quantas vezes for preciso.
Depois dos 65 anos sua mãe corajosamente foi para escola, não queria morrer sem aprender escrever seu próprio nome e conseguiu essa vitoria, para alegria de todos, então tenho que reparar e com muito orgulho dizer que Elizia hoje é alfabetizada.
Mas, as filhas de Elizia, sabiam que sua mãe não precisava ser letrada, para orientar e educar seus dez filhos vivos.
Entenderam a linguagem do amor, e os gestos de alguém que estava presente sempre e nunca precisou de receita para fazer um bolo.
A escola da vida ensina a todo instante. Era maravilhosa a sensação do amor sem medida. Que acariciava os cabelos, e também fazia arder as palmadas, quando necessária e inevitável.
Mãe e filhas tocaram as mãos de Deus, e com muito esforço viu o sonho de todas realizado.
Maria é professora, Neide e Ana são técnicas de enfermagem entre outras, Vera foi manicure e confeiteira, Marina é professora e padeira, Áurea é professora e instrutora na auto-escola, Rosana é vendedora e esta terminando Letras na Faculdade Estadual de Dourados.
Os três homens filhos de Elizia, Rosalvo, Joaquim e José, também são o orgulho da família. Neste momento sem descriminação o foco é a casa das sete mulheres que enfrentaram todas as barreiras e seguiram com a mesma dignidade da rainha mãe.
As filhas de Elizia vêm provar que independente da sua condição financeira, cidade, sitio, não importa onde você mora. Aliás, a casa delas era pequena e sempre abrigava um. E o recado que elas deixam:  é que a fé move mesmo montanhas, e mesmo que não tenha um exemplo a seguir, acreditar em si mesmo e conviver com o delicioso sabor da vitoria é a glória!
E eu, como uma das filhas de Elizia, tenho que confessar: meu maior prêmio foi seguir os passos de mamãe, sou considerada a mulher das dez profissões, mas o corpo e o coração optaram para cuidar e lutar com a enfermagem a favor da vida sempre. Não deixo de escrever que é mais uma razão do meu viver alegre, compartilhando com vocês que o impossível só existe para os fracos.
  

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Para você

Para você não sei porque...
Me tirou do chão,
levou a razão e veio visitar meu coração.
Isto não é paixão, não confunda.
É o prazer que nos faz viver.


Pena que perdemos tempo com bobagens.
Não valorizamos os próprios sentimentos.



Queremos simplesmente amar e ser amados.
Devorar e ser devorados,
como animais famintos.
Para você, que na falta do par perfeito,
imagina morrer só.