quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Filho


Meu filho, meu amor, você pode achar que não precisa de mim e do seu pai, mas o amor é indispensável meu querido. Todos passam por uma fase confusa na vida, mas você tem que saber que para nós, não há nada mais importante do que amar você.
Eu sou sua mãe, e não deixo de pensar em você um segundo, respeito suas vontades e suas escolhas, mas abandonar jamais.
Um dia você vai entender que fiz e faço loucuras para ver você bem, e sei que ás vezes  o que é certo para mim, talvez não seja para você. Mas chegará a hora que vai me dar razão.
Você é o filho que eu pedi para Deus, filho do amor.
Quando você tiver seus filhos, vai compreender que a dor deles é a sua,  sempre te disse que você e seu irmão seriam livres, mas ter liberdade meu filho é saber fazer as coisas de uma maneira que não pise só em espinhos.
Caminhar sempre observando se esta na direção correta, e vai ter que ser esperto o bastante, para não perder o rumo e se perder no percurso.
Não negue á você o amor de seus pais que é todo seu, e poderíamos ter  tido dez filhos, o seu lugar é único meu filho.  Ter afinidade, diálogo, não significa amar mais ou menos.
Filho, a cor da pele e a fisionomia também  não importa, o que manda é o sangue que correm em  suas veias e sua herança genética.
E  onde quer que vá ou esteja, você pode conviver e gostar de  outras pessoas, mas igual aos seus pais jamais.
Filho só com o tempo;  vamos perceber e compreender que amor de mãe é único, e o lugar ninguém  toma, pode até tentar, mas não consegue.
Você hoje pode dizer que não precisa da sua mãe, mas acredito que  lembra   do  quanto já chorei, muito medo tive de perder você para o mundo.  Tomei atitudes que você odiou, mas em breve vai absorver o desespero da sua mãe, aí então vai conseguir compreender...
 Quem ama não acha natural ver  seu filho trilhando uma rota na qual, o ponto final é obscuro e sem volta. Eu prefiro  ganhar o Oscar de mãe mais chata do mundo, do que passar a mão na cabeça, e assinar o atestado de  óbito do meu filho.
É lógico que as coisas mudaram muito, e até a função das mães foram alteradas... Mas eu fui e sou aquela mãe coruja, amo demais meus filhos, um amor imenso, incomparável...
As mães são anjos, que deve servir de guia, já fui a  melhor mãe do mundo, hoje sou a mais chata... E  sorrindo sigo, com a lembrança de que também já fui filha.
Meus pais me criaram livre, mostraram-me o caminho,  vivi meus conflitos, mas não tive a necessidade de excluir eles  da minha vida. Como infelizmente acontece  com os jovens  hoje em dia.
Os pais se matam para dar do bom e do melhor,  realizar todos os gostos e desejos e... E no final das contas... Ouvem apenas...  A vida é minha e você não tem nada a ver com isso.


Um comentário:

  1. Belissima crônica, cujas palavras de amor materno sensibilizam o leitor. Você merece a família que tem, Ana. Parabéns e que sejas sempre muito feliz. Grande abraço!

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