quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Almas gêmeas

Almas gêmeas que se encontraram
Depois de tanta procura e espera
Anos e anos dividindo o mesmo espaço
Muitas coisas e amigos em comum
Caminhando na mesma estrada


Abordando os mesmos assuntos
Se vendo na feira, no mercado
Nas festas e jantares
Olhares trocados e nada
Lado à lado com a indiferença


Eram muitas as evidências
Mas não percebiam
Até que um dia sem correria
A surpresa para ambos
Almas gêmeas reconhecidas
Pelo tato, se entregam ...

A felicidade chegou se instalou
Mas não ficou por muito tempo
A razão aparece e bombardeia o coração
Decidindo que é tarde
E pela lógica da vida...
Vai despedir primeiro

Apesar de serem dois em um
Estarem em sintonia com as palavras
E com o amor, os corpos separam
Vão morrer levando perguntas sem respostas
Almas gêmeas que adormecem chorando

Um comentário:

  1. Até mesmo o ágape de almas gêmeas sofre nuances da complexidade do amor. Parabéns, Ana, por tão maravilhoso poetar. Um beijo!

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