Duas almas
estavam se protegendo de um contato mais profundo com outras criaturas.
Mas a
natureza é contra certas coisas, de alguma maneira a espécie tem que fazer por
onde viver. Não só para procriar, mas para compartilhar as belezas da vida de
uma maneira ou de outra.
E o universo
começa lutar com as duas, obrigando uma atitude, não dá para ser feliz isolado.
Com tampas tortas, mas tem que haver uma busca para ajustar tudo. Por mais que
os animais entendam a linguagem do amor e dos sinais, o ser humano precisa de
outro na maioria das situações.
Um dia, o
vento chega com muita força e derruba a muralha, e duas vidas são obrigadas se
comunicar. Não precisou insistir muito, já estava fazendo falta o contato.
Como pode
fazer sorrir tanto mesmo a distancia, quanta coisa dita em segundos, ninguém
podia chorar, só se fosse de alegria.
Digitando
várias mensagens, mais de duas horas, cada palavra um riso... Quanta afinidade.
Então o
coração começou ficar acelerado e a ansiedade de se conhecerem foi imensa e
inevitável. O tempo mudou de repente, o vento soprava forte, relâmpago e trovões
que os dois não estavam entendendo, mas era o universo em festa.
Logo uma
chuvinha mansa cai, e ele disse: do jeito que estamos não vamos aguentar mais
ficar sem se ver. E assim os dois sorriram.
E para não
perder a piada, ela pergunta, e como estamos?
Muito
curiosos, são muitas coisas em comum.
Ela é
terrível, sem perguntas incoerentes, com muita calma, paz no coração e alma, amiga
terrível, sabe brincar, e consegue fazer a coisa certa.
E a pergunta
não quis calar, porque terrível? E a resposta veio em tom de voz angelical, que
a emoção não pode deixar de comparecer. E ela o ouviu dizer: porque você é
igual a mim.
E assim a
gente segue sem entender muitas coisas, se pode haver alguém compatível com
você, porque o encontro demora tanto para chegar.
Agora são os
melhores amigos, continuam se falando, cada um com seu jeito de olhar a imagem
do outro, que são diferentes por fora, e totalmente iguais por dentro. Muitas
coincidências até na historia de vida, até a opção que haviam feito eram por
razões parecidas.
Aprenderam
andar mais devagar e pensam mais nas atitudes e consequências. Hoje conseguem
entenderem a necessidade do amor. Mesmo que todos chorem, mas cada um tem que
aprender a se libertar.
Não é sempre
que vamos amar e serem correspondidos. Mas isso não é motivo para desistir.
Tudo leva tempo, a alma vai viajando, até anda se disfarçando esperando a cura,
para talvez se entregar de novo.
Mas ninguém
quer correr perigo, infelizmente, não tem como prever o resultado de um
relacionamento. Cada um sempre vai alegar que sempre fez sua parte. Um risco
inevitável.
Mas tudo
pede um recomeço não é necessário jogar tudo para o alto e se aventurar em meio
ao desconhecido.
Mas dar-se a
oportunidade de descobrir o que mudou, ou o que esta faltando. Quando nossas
coisas quebram se tem um valor sentimental, não jogamos fora de imediato,
tentamos por todos os meios tentar salvar. Então na vida a dois também pode
haver a chance de juntar os pedaços. Isso se ainda existir o Amor.
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