Em toda nossa caminhada vamos nos deparar com temporal no
qual vamos ficar frente a frente com vários conflitos.
Uma chuva de perguntas sem respostas, pensamentos em pânico e
um desespero mudo, já que na confusão as palavras não saem. Diante de tanta
correria e o medo de perder a vida e os lares, vejo mãos unidas suplicando a
piedade divina.
Da vidraça a moça chora e sorri ao mesmo tempo, ela consegue
sentir que quando o medo é grande as pessoas se lembram e acreditam na
existência de um Deus. E clama por ele, e o mais impressionante; em silêncio as
pessoas se juntam e se querem por perto como se fossem irmãos de sangue e convivesse
todo o tempo juntos.
Desejaram ter agido e vivido diferente, o tempo desperdiçado
com picuinhas traz o arrependimento e a consciência cobra de toda a burrice de
ter deixado de lado o amor.
Mãos pretas e brancas se encontram em um momento difícil
mostrando que tem muitas coisas que faz a diferença. Que um ato de
companheirismo faz falta para todo o ser.
Infelizmente foi e é preciso ocorrer tragédias para vir á
tona a lembrança que não sobrevive sozinho por mais egoísta que seja.
O caos acontece de todas as maneiras e os humanos mesmo em
meio ao temporal, vão se surpreender com a quantidade de falhas e erros
irreparáveis que cometeram, e prometem não repeti-los se sobreviver... Bom aí
entra outras questões, alguns ficam fanáticos e vestem a camisa do amor ao
próximo e consegue inovar. Mas tem também uns paus tortos que não veem nada
além do seu umbigo. Esquecem que a barriga doe muitas vezes.
O temporal pode durar pouco, mas pode fazer estragos
imensos, mas também pode ajustar alguns parafusos soltos em mentes
individualistas que acreditam serem inatingíveis.
Diante de tanto desespero até a natureza se movimenta em
defesa da vida humana, as árvores abrem os braços para proteger e cedem seus
galhos como abrigo. E quando ocorre uma enchente... Percebo que as águas já
vêem chorando. O universo é um conjunto e a vida é um tesouro.
O temporal vem trazer mensagens que muitos se recusam
compreender. O próprio piloto destrói sua nave em um minuto de bobeira, fica
sem transporte e perde a oportunidade de escrever no livro da vida, fui feliz
porque consegui fazer a diferença.
Sei que tem muita gente com planos e idéias de inovação, mas
deixam tudo escrito e guardado na gaveta para traças se alimentarem. Fulano não
faz nada é o papel dele, eu também não vou fazer.
A chuva cai molha sua cabeça e o vento vem te cutucar. Os
trovões e relâmpagos se unem para alertar a humanidade. Mas a maioria coloca
algodão no ouvido. Assim o temporal se encarrega de dar uns sustos de vez em
quando. Acorda povo a união faz a força.
Querida Ana, li seu texto na Folha da Região. Como sempre, a menina sonhadora de sempre. Em busca do mundo idealizado,às vezes, nocauteada, beija a lona da realidade. Um grande abraço de seu sempre Alaor Tristante Júnior.
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